• qui. nov 21st, 2024
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No começo de ano passado, quando surgiram os primeiros casos de covid, nós vimos que aqueles doentes que ficavam na UTI, entubados por vários dias, saíam sem conseguir andar praticamente. Mas como o foco da atenção toda era a doença, era o risco de morte nas UTIs por insuficiência respiratória, ninguém prestou muita atenção com o que acontecia com os doentes que tiveram covid, os sintomas, quanto tempo levavam para desaparecer. Com o tempo, nós percebemos que existia uma covid de longa duração, que passou a ser chamada de covid longa, sintomas que persistem por bastante tempo.

Os mais evidentes são os neuromusculares. As pessoas saem com muita fraqueza nas pernas e às vezes levam meses para se recuperar completamente.

Muitos ainda evoluem com uma tosse seca que vai ficando crônica. Outros sentem que o fôlego ficou curto e têm dificuldade para se locomover, subir escada, uma subida.

Esses quadros foram ficando tão variados que, em um trabalho feito com 200 pacientes que se curaram da covid, foram descritos 205 sintomas persistentes.

A covid é chamada de longa quando ela dura mais do que quatro semanas contadas a partir do primeiro sintoma.

Mas, em muitos casos, os sintomas persistem por meses. Alguns deles a gente desconfia que até fiquem crônicos que possam persistir por mais tempo.

A covid longa, embora seja mais comum nos pacientes que tiveram o quadro grave da doença, ela pode acontecer em pessoas que tiveram quadros muito pouco sintomáticos.

Então essa coisa de dizer “ah, tudo bem, eu sou jovem, se eu tiver vai ser uma doença com poucos sintomas”, provavelmente vai, mas você não tem certeza nenhuma de que ela não vai deixar sequelas. Essa doença, a covid, é melhor não pegar viu.

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